Revista eletrônica

Descaso e indiferença

17/04/2008 22:09

Kauana Araujo Moreira - 2º MA

 

O ano na área de Saúde definitivamente não começou bem, pois 2008 já está sendo marcado pelo grande avanço da dengue no Estado do Rio de Janeiro.

A dengue é causada por um arbovírus, transmitido pelo mosquito denominado Aedes aegypti. Há um período em que o vírus passa por um tempo de incubação de quatro a 10 dias e é nessa época que a pessoa infectada começa a apresentar os primeiros sintomas. Clínicos gerais e infectologistas afirmam que a dengue clássica pode se curar naturalmente, quando o organismo acaba se livrando do vírus através de seus anticorpos, mas, na forma hemorrágica, é preciso ter mais cuidado, pois essa sim pode levar à morte, infelizmente.

Para o tratamento da dengue, nada mais importante do que a conscientização de cada um, pois deve-se tomar cuidado para não ter água parada em casa, tampar caixas d'água, manter o lixo sempre fechado, limpar calhas e lajes, usar repelente, entre outras coisas. A cura existe sim, e é definitiva e espontânea, mas os cuidados contra a dengue devem sempre existir.

É com muita tristeza que informo que o descaso do Brasil nesse momento está sendo extremamente grande e preocupante. O número de mortes confirmadas é assustador, pois, desde janeiro, foram apresentados 84 óbitos no Rio de Janeiro.

Realmente, é algo sem lógica alguma, pois deveria existir o apoio rápido e sustentável para os infectados e para os que estão próximos das áreas onde o vírus se espalha. Mas nem tudo é como deveria ser. E as crianças são as que continuam sendo as principais vítimas das mortes, por não terem o auxílio de pediatras e médicos competentes.

Sim, houve uma migração de doutores e pediatras de outras regiões do Brasil com o intuito de amenizar esse sofrimento. Porém, já tivemos um número grande de mortos e o que procuram fazer agora já deveria ter sido feito há muito tempo.

Seria mais fácil e mais humano que cada brasileiro tivesse em mente o que está acontecendo.

Mas não, não é o que ocorre. Existem outras coisas para se preocupar, como o campeonato do time ou que cor de camisa comprar no sábado no shopping center. Afinal de contas, se não acontece com a gente, por que se importar com o próximo? Esse é o pensamento da maioria. Da maioria que leva a indiferença para onde quer que vá e não se importa com metade das coisas que ocorrem a sua volta. É a famosa individualidade, que, definitivamente, é o mal do ser humano do século XXI

Se não for interessante cuidar da saúde do povo brasileiro, então, perdeu-se há muito tempo o sentido de decência, de igualdade e de humanidade. E caminhamos, então, para outra fatalidade, sem ao menos nos libertar de mais uma. Fatos atrás de fatos só comprovam o quanto devemos evoluir.

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