Revista eletrônica

Aborrescência? Culpa do cérebro!

22/04/2008 15:04

Letícia Teixeira - 9º ano A

 

Para Aristóteles, era um refrigerador que mantinha o corpo frio e evitava que o coração esquentasse. Ele pensava que o coração era responsável por nossas sensações e percepções. Outros gregos descobriram o sistema nervoso, um avanço gigantesco; outros diziam que ele era uma bomba que expulsava espíritos do corpo. A idéia de que carne gelatinosa em nossas cabeças pudesse raciocinar sem depender de Deus era além do simples absurdo!

Pois é, as nossas preciosas células cinzentas (que consomem 25% do nosso oxigênio), as quais levam o título de “Comandantes do Corpo”, só foram reconhecidas como CÉREBRO no século XVII.

Até então, pensava-se que os hormônios e a dificuldade de transição eram os culpados por existirem jovens “rebeldes”, mas não. O cérebro, ele mesmo, caro leitor, é o culpado pelos chutes na porta, desentendimentos com os pais, gritos sem motivos e problemas emocionais na adolescência. É ele o culpado por nós, jovens, sermos hoje o que a mídia chama de “aborrescentes”.

Acontece que os jovens não conseguem administrar as mudanças causadas pela puberdade com as mudanças que ocorrem no cérebro.

Sei que um ponto de interrogação enorme paira sobre seus conceitos: o cérebro também sofre mudanças na puberdade?

Pesquisas recentes revelam que, nessa fase, inicia-se um processo de rearranjo dos neurônios tão intenso como aquele que aconteceu na infância. E o problema é que as maiores transformações estão ligadas à área das emoções, do discernimento e do autocontrole. O que comprova mais uma vez cientificamente o comportamento tão impulsivo dos “teens”.

Vale prestar atenção neste ponto: há um abismo entre o jovem com “descontrole saudável” e o jovem com “descontrole absurdo”.

O caso é que ainda há muitas coisas para descobrirmos sobre o cérebro, principalmente o dos jovens que exibem diferentes reações e diferentes modos sempre. Saber administrar todas as mudanças e aceitá-las... é o que é!

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